O IMPÉRIO ROMANO
O primeiro estabelecimento deste tipo foi inaugurado no final do século I antes de Cristo por Agripa, um amigo e colaborador do imperador Augusto. Após a construção do Termal do Campo de Marte, a moda se espalhou pelo império. Acredita-se que foi a democratização do prazer dos banhos que impulsionou a sua rápida multiplicação. O que antes era privilégio dos proprietários das grandes vilas, ficou acessivo para todo cidadão Romano.
Em pouco tempo, desencadeou-se uma verdadeira competição entre os imperadores Romanos para oferecer aos seus cidadãos termas cada vez maiores e luxuosas. A maior delas, que se tem notícia, foram as Termas de Diocleciano que superaram as de Caracalla, um conjunto de construções de 140.000 metros quadrados onde, calcula-se, 3.000 banhistas por dia, frequentaram as suas instalações.
Não raras vezes, os ambientes e as suas piscinas eram aquecidos por enormes fogaréus sob o piso do complexo termal. A engenharia Romana havia desenvolvido um sistema engenhoso de aquecimento, chamado de Hypocausto. O chão era elevado através de pilares e as paredes eram duplas. O espaço que ali se criou, bem calafetado, serviu para circular água ou ar aquecido (veja o desenho). Os recintos que precisavam de mais calor eram planejados perto da fonte de calor (praefurnium), onde a temperatura poderia ser elevada, simplesmente aumentando o incêndio subterrâneo colocando mais madeira.
Sem fazer distinção entre classe ou status, geralmente à tarde, os Romanos abandonavam seus afazeres para se locomover às Termas.
Homens e mulheres, mesclados, se utilizaram das inúmeras atividades destes lugares. Depois do banho, passeavam nos verdes jardins, visitavam as vastas bibliotecas, assistiam apresentações de acrobatas ou recitais literários. Os mais atrevidos mantiveram ali até encontros eróticos. As Termas eram lugares muito agradáveis, porém barulhentos, como o filósofo grego Sêneca escrevia, quando ele vivia um tempo próximo a uma das Termas em Roma.
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