Tratamento Físico da Piscina

 O tratamento físico da piscina não tem despertado tanta atenção quanto o tratamento químico, embora ele tenha igual ou até maior importância que o mesmo.



Uma piscina não pode ter sua água em condições de balneabilidade sem o adequado tratamento físico.

A sujeira, se não for retirada, serve de alimento e alojamento aos micro-organismos.

Além disso, a água poder ficar turva e, portanto, não convidativa ao banho.

Pior ainda, propícia a acidentes, inclusive os de ralos de fundo.

Quando se fala em tratamento físico da piscina, não só o tanque da mesma é considerado, mas também, o deck, vestiários, corredores e outros anexos.


Tratamento Físico da Piscina

Por se tratar de tema abrangente, vamos dividir o assunto em cinco artigos: 

1. Limpeza da superfície da água, meio aquoso, paredes e piso da piscina 

2. Filtros e meios filtrantes modernos 

3. Bombas de recirculação 

4. Bombas de velocidade variável 

5. Tempo e taxa de recirculação 


Limpeza da superfície da água, meio aquoso, paredes e piso da piscina

Nas piscinas descobertas deve-se retirar materiais estranhos situados na superfície como insetos, folhas, etc. Utilizando uma peneira apropriada.

As paredes da piscina devem ser esfregadas diariamente ou em espaços maiores quando a sujeira aderida for pouca.

O fundo da piscina deve ser aspirado de tempos em tempos assim que necessário.

Quando a sujeira for pouca aspira-se filtrando, caso contrário drenando.

O uso de aspiradores independentes é uma alternativa inteligente e econômica.

Os cestos das coadeiras e das bombas de aspiração devem ser inspecionados e limpados frequentemente.

A guarnição de borracha dos cestos devem ser lubrificadas mensalmente com óleo de silicone.


Retrolavagem

À medida que a sujeira vai se acumulando no filtro, ocorre resistência a passagem da água, o que pode ocasionar uma taxa de recirculação menor que a especificada pelas normas.

Quando isso acontece, o meio filtrante deve ser limpo e/ou trocado.

Um manômetro colocado depois do filtro ou, melhor ainda, um par de manômetros colocados na entrada e na saída do filtro, fornecem uma boa indicação de quando esta operação deve ser realizada.

Nos filtros de areia, essa operação é conhecida como retrolavagem.

Fazer a retrolavagem sem necessidade, além de gerar perda de água, de produtos químicos e, eventualmente, de calor, pode até prejudicar a filtração.

Por outro lado, pouca retrolavagem prejudica a vazão.


Diluição

À medida que a piscina vai sendo utilizada, os sólidos dissolvidos vão aumentando pela ação dos produtos químicos jogados na mesma e pela evaporação.

Este aumento de sólidos dissolvidos tem uma série de desvantagens, sendo as principais: a diminuição do poder de desinfecção e o aumento da corrosão na piscina e em seus equipamentos.

Assim, de tempos em tempos, é preciso escoar parte da água e acrescentar água nova com pouco sólidos dissolvidos.

Água cristalina e de ótima qualidade não é possível sem uma boa filtração, tempo de circulação, eliminação de zonas mortas, esfregação adequada das paredes e do piso da piscina e finalmente do tratamento químico.


Tratamento Físico da Piscina

Nos próximos artigos você encontrará informações sobre: 

Filtros e meios filtrantes modernos 

Bombas de recirculação 

Bombas de velocidade variável 

Tempo e taxa de recirculação 


Nilson Maierá

Engenheiro químico, consultor especialista, há mais de três décadas, em projetos, qualidade, manutenção e segurança de piscinas.

Autor do livro “Piscinas Litro a Litro”. Palestrante sobre diversos assuntos relacionados a piscinas de grande porte, utilizadas por público variado.

Contato

Para palestras ou consultorias com Nilson Maierá envie e-mail para nmaiera@terra.com.br ou contate pelo telefone (011) 5081-2768


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